(Matilde)
“Nunca mais confio em ninguém. Odeio este mundo, odeio estas pessoas, estas falsidades! Será que não posso simplesmente ser feliz? Porquê tu, confiava em ti de olhos fechados, eu amava-te, e ainda te amo, mas não o devia fazer! Porquê que sou tão estúpida?! Só vou fazer uma coisa a partir de agora: fechar o coração. Ninguém mais o irá abrir. Nunca mais.”
Este era o meu único pensamento naquele momento. Nunca na vida me tinha sentido tão traída. Simplesmente a pessoa que eu mais amava acima de tudo e todos, aquele por quem tinha perdido amigos a defende-lo com unhas e dentes, aquele por quem eu tinha chorado, aquele por quem eu tinha feito tudo, estava-me a trair há imenso tempo e ainda por cima enquanto eu o via como um ídolo ele via-me como um monte de merda, que apenas servia para ir gozar com os idiotas dos amigos. Mas, como é que ainda posso amar uma pessoa assim? A partir do dia em que descobri tudo, os meus dias eram monótonos, só tinha uma verdadeira amiga, e porque? Porque os deixei de lado quando estava com aquele imbecil.
Era mais um dia de aulas. Chato e aborrecido, como outro qualquer. Levar com as bocas “deles” e aulas…
André: É lá vai ela! Corre, abana-me esse cu! (este era o meu ex-namorado)
Tiago: HAHAHAHA.
O que é que eu faço? Ignoro, é sempre a mesma coisa. Acho que já estou a ficar habituada.
Dirigi-me á sala de aula. Sentei-me. Falavam comigo, mas sei que no fundo, não gostavam de mim. A minha turma é falsa, é do tipo: “ És mesmo querida” depois vai á outra e é: “ Ai que puta!” -.-
Enfim. Depois de algumas horas a ouvir stôres a vomitar matéria, fui para casa. Durante o caminho, vim a aturar dois cromos amiguinhos do André… Não deu para aguentar mais, passei-me…
Tiago: Cada vez melhor Matilde! Ui, ui abana-te!
João: Concordo Tiago xD.
Tiago: O André tinha razão, ela têm o cu mesmo grande. HAHAHAHA.
Matilde: Importam-se de me deixar em paz? Vão á merda, e antes de falarem de mim olhem por vocês abaixo, pensam que são muito lindos não? Não falem mais para mim, não estou para aturar cromos.
Calaram-se.
Chego a casa. Pouso as minhas coisas e vou para o meu quarto. Pego na minha guitarra, e começo a compor uma música. Acho que é a única coisa que me faz feliz neste momento…
All this time I was wasting, hoping you, would come around
I've been giving out chances every time and all you do is let me down
And its taking me this long baby but I figured you, out
And you're thinking we'll be fine again, but not this time around
REFRÃO:
You don't have to call, anymore
I won't pick up the phone
This is the last, straw
Don't wanna hurt anymore
And you can say that you're sorry
But I don't believe you baby,
Like I did, before
You're not sorry. Ohh no. No. No.
Looking so innocent, I might believe you if I didn't know
Could've loved you all my life if you hadn't left me waiting in the cold
And you got your share of singers and I'm tired of being last to know
And now you're asking me to listen cause its worked each time, before
REFRÃO:
But you don't have to call, anymore
I won't pick up the phone
This is the last, straw
Don't wanna hurt anymore
And you can tell me that you're sorry
But I don't believe you baby,
Like I did, before
You're not sorry. No, no. Oh-h-hh-hh.
You're not sorry. No, no. Oh-h-hh-hh.
You had me falling for you honey
And it never would've gone away, no
You used to shine so bright, But I watched all of it fade
REFRÃO:
So you don't have to call, anymore
I won't pick up the phone
This is the last, straw
There's nothing left to beg for
And you can say that you're sorry
But I don't believe you baby,
Like I did, before
You're not sorry. No, no. Oh-h-hh-hh.
You're not sorry. No, no. Oh-h-hh-hh.
Quem me dera que as minhas músicas algum dia chegassem a um CD, mas é completamente impossível. Já não acredito em sonhos.
Saí de casa, não tinha regras, afinal os meus pais quase nunca estavam em casa, sempre em viagens de negócios. Liguei á Mariana, a minha única amiga.
Matilde: Estou?
Mariana: Olá Matilde. Tudo bem?
Matilde: Sim. Olha podias vir ter comigo á esplanada?
Mariana: Claro. Não tenho mais nada para fazer também.
Passado 15 minutos, já nos tínhamos encontrado.
Matilde: Olha quero-te mostrar uma nova letra que escrevi… Se quiseres ler…
Mariana: Claro que quero. Mostra.
Passei-lhe a folha para a mão. Ela leu e depois disse:
Mariana: Olha, tu já sabes que eu sou sempre sincera contigo…
Matilde: Está mal não está?
Mariana: Nada disso! Mas isto é para o André não é?
Matilde: É.
Mariana: Pois, mas olha tenta esquece-lo, já viste o mal que ele te fez, e agora ainda por cima te goza. Não vale a pena.
Matilde: Eu sei, mas não consigo.
Mariana: Claro que consegues. Mas ao menos já tentaste?
Matilde: Não. Mas eu sei que não vou amar mais ninguém como o amei a ele. E não vou arriscar apaixonar-me por alguém outra vez.
Mariana: Tu não sabes o dia de amanhã. Nunca digas nunca.
Matilde: Acabaste de dizer xD.
Mariana: Ao menos riste-te xD.
Matilde: Pois, só contigo é que me consigo rir. Foste a única que mesmo depois do que eu fiz não me abandonou.
Mariana: Eu não sou como eles. Sabia que só estavas assim por causa dele…
Matilde: Pois, lá isso é verdade…
Mariana: Olha eu vou ter de ir andando. Já sabes não faças nenhum disparate.
Matilde: Não te preocupes, eu não faço.
No caminho, vinha a ouvir música até que choquei com alguém ...